Pé torto congênito (PTC) é o termo usado para descrever a deformidade complexa do desenvolvimento, que inclui alterações de todos os tecidos músculo-esqueléticos distais ao joelho, ou seja, dos músculos, tendões, ligamentos, ossos, vasos e nervos. Ocorre apenas no segundo trimestre da gestação, através de uma possível ativação de genes “responsáveis” pela geração da deformidade.
A deformidade resultante consiste de eqüino do retropé, varo (ou inversão) da subtalar, cavo por flexão plantar do antepé e adução do médio e do antepé.
O PTC idiopático ocorre em crianças sem alterações subjacentes que justifiquem o quadro e não se resolve de forma espontânea. Outros tipos de pés tortos são: o postural, que se resolve habitualmente com manipulações; o neurológico, associado à mielomeningocele; e o sindrômico, presente nas crianças com outras anomalias congênitas; os dois últimos, geralmente rígidos e muito resistentes ao tratamento.
A frequência da ocorrência dessa condição é de 1 caso para cada 1000 crianças caucasianas; entre japoneses, a frequência é a metade e na raça negra ela é 3 vezes maior. Nos povos polinésios, encontra-se a mais alta frequência, 6 crianças para cada 1000 nascimentos. O pé torto congênito é 2 vezes mais comum no sexo masculino.
Deixe um comentário